Você já investe em ADS e foca apenas na geração de leads? Você aumentou a verba de mídia e não consegue aumentar o volume de leads? O custo do seu lead está alto e não para de aumentar mesmo aumentando o investimento?

Esse problema é mais comum do que você imagina. Muitas empresas estruturam suas campanhas da forma errada e, com isso, sofrem com as consequências. Pensando nisso, para te ajudar, iremos te explicar os conceitos e as configurações de campanhas que você pode fazer nas plataformas do Google e da Meta para não correr o risco de ter os custos de marketing elevados ou descontrolados. Com isso, se quer aprender mais sobre o assunto, continue com a leitura do conteúdo!

Funil de vendas na prática

É necessário focar sempre em conversão?

No final do dia, toda empresa quer vender e o caminho mais óbvio quando pensamos em campanhas pagas é sempre focar na geração de leads. Tudo isso porque o resultado é mais instantâneo.

Porém, empresas que focam somente em conversões, ou não possuem maturidade digital, ou visão de longo prazo, são mais imediatistas! Com isso, entram em um ciclo vicioso com data e hora marcada para acabar.

Esse tipo de estratégia, se for executada de forma isolada, pode ser um “tiro no próprio pé”. Saiba que as campanhas com foco em conversões são muito importantes, porém desde que combinadas com outras estratégias. Confira abaixo 2 motivos do por quê você não deve focar apenas em estratégias de conversão:

1 – Público

Quando planejamos uma campanha para a rede de pesquisa do google, selecionamos palavras-chave. Já para a Meta, definimos públicos de interesse. Em ambos os casos, sejam os termos pesquisados na rede de pesquisa do Google ou os públicos disponibilizados pela Meta, existe um limite de alcance. Ou seja, temos um volume médio de pesquisas mensais para palavras-chave específicas em ambos.

Por exemplo, na rede de pesquisa, se pesquisarmos no planejador de palavras-chave do google pelo termo “agência de marketing digital”, temos um volume médio de 4.400 buscas mensais em todo o Brasil. Ao usar essa frase, fica clara a intenção logo de cara, não é mesmo? Quem busca esse termo, com certeza, está a procura de uma agência, certo?

Ainda no exemplo, vamos supor que o CPC (custo por clique) nesta palavra-chave custe R$1,00 e você faça um investimento de R$5.000,00 mensais. Se seu anúncio aparecer para as 4.400 pesquisas e ainda, se você tivesse uma taxa de cliques de 100%, sem nenhum concorrente anunciando, ainda sobraria R$600,00 por mês de verba que não seria consumida.

Com isso, no Google, todo mês, você teria 4.400 cliques pro termo “agência de marketing digital”, chegando ao custo R$4.400,00. Acima disso, você não conseguiria trazer mais cliques e, consequentemente, mais leads porque não teria demanda de clique suficiente para a palavra-chave.

Percebeu como pode existir um teto nesse aspecto? O grande erro é que, quando você foca apenas em conversões, em algum momento não vai mais conseguir crescer, pois chegou no limite da demanda disponível.

Em algum momento, você vai ter mais verba do que demanda disponível. E quando chegar nesse ponto, provavelmente, você já terá uma máquina de aquisição por trás, que depende do volume de leads mensal para se manter ativa. Dependendo do investimento mensal, a ruína pode ser mais rápida ou mais lenta. Quanto maior o investimento em estratégias apenas de conversão, mais rápido chega o esgotamento.

Na Meta é muito parecido, a diferença é que por lá, a plataforma vai entregar seus anúncios aumentando a frequência de vezes que a mesma pessoa visualiza seus criativos, elevando o CPL (custo por lead).

Trocar os anúncios na Meta com certa frequência ou ter algumas variações de anúncios com copies diferentes pode ajudar, mas, no longo prazo, você estará sempre aparecendo pras mesmas pessoas. Neste ponto é importante entender que o público não cresce na velocidade do investimento em mídia e, depois de um tempo, a depender do investimento mensal, ele se esgota e o seu custo por lead inevitavelmente vai continuar aumentando com um público que provavelmente vai estar saturado.

Tem muitos profissionais que acreditam que aumentar o investimento em campanhas de performance é a melhor solução para aumentar a demanda e isso é um erro grosseiro! Os leads vão aumentar, porém não na mesma proporção do CPL (custo por lead), por todos os motivos que já apresentados.

Campanhas com foco em conversão costumam ter um CPC bem mais alto que campanhas de branding. Tudo isso porque o algoritmo foca em perfis semelhantes às conversões realizadas em sua campanha e que são disputados na foice com a concorrência, que é o próximo motivo que mencionaremos.

2 – Concorrência

Além do limite do público, também enfrentamos outra questão: a concorrência. Quanto mais anunciantes tiver, mais inflacionado fica o leilão. São mais empresas para disputar as mesmas pessoas.

Nesse sentido, plataformas como o google e meta estão com cada vez mais anunciantes. A Meta, por exemplo, até 30 de junho de 2023, teve um rendimento líquido (depois de subtraídos gastos e impostos) de US$ 7,78 bilhões. Esse valor representa um aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo Gabriela Comazzetto, head de soluções globais para negócios do TikTok na América Latina, o Tik Tok ADS teve aumento de 151% no número de anunciantes entre 2021 e 2022.

E um estudo divulgado pela IAB Brasil aponta que o investimento em publicidade digital alcançou a marca de R$ 32,4 bilhões em 2022, o que representa um crescimento de 7% em relação ao ano anterior.

Anúncios na internet são como ações, quanto maior a procura, maior o valor da ação. Trazendo para a realidade, quanto maior a demanda, maior o CPC (custo por clique) e o CPM (custo por mil impressões). Todos esses indicadores, quando estão mais caros, acabam elevando o valor de outras métricas como o CPL (Custo por lead) e o CAC (custo por aquisição de cliente).

Por exemplo, vamos supor que o seu CPC seja de R$1,00 e a cada 10 cliques, você gera um lead. Um real por clique x 10 cliques é igual a R$10,00 de custo por lead. Agora, vamos imaginar que a cada 10 leads gerados, você faz uma venda, multiplicando o custo do lead de R$10,00 por 10, chegamos ao custo de aquisição de R$100,00.

Se o custo por clique aumenta de R$ 1,00 para R$ 1,50 por causa da concorrência, porque tem mais pessoas disputando o mesmo público, logo, seu lead vai aumentar para R$ 15,00 e o custo da sua venda vai aumentar para R$ 150,00, prejudicando totalmente a sua margem.

Além do aumento da concorrência, todas as empresas querem aparecer para o público que está ativamente buscando por um produto ou serviço. Todo mundo quer a demanda latente, imediata, porque é um lead que está em busca de uma solução como a sua no momento. É uma possibilidade de negócio, é a possibilidade de uma venda pra hoje.

Concorrência acirrada por um mesmo público e o aumento de anunciantes não parece que vai parar tão cedo, não acha?

Campanhas de conversão são de extrema importância para o resultado de qualquer empresa. Por isso, não devem ser ignoradas, mas sim combinadas com outros formatos de campanha, com objetivos diferentes.

Como focar além da conversão?

Existe um conceito, conhecido como “pirâmide de Chet Holmes”. Já ouviu falar?

A pirâmide leva o nome do seu criador, “Chet Holmes”, que é considerado um dos principais executivos de marketing e vendas dos Estados Unidos. Ele trabalhou com mais de 60 empresas da Fortune 500 e dirigiu 9 das empresas bilionárias da lista da Forbes, construindo uma grande carreira como mentor e consultor estratégico.

Através de uma densa pesquisa, Chet Holmes identificou que do potencial mercado de qualquer negócio, apenas 3% dele está disposto a comprar neste exato momento, 7% está disposto a ouvir e os outros 90% não tem interesse em comprar agora.

Dentro destes 90% que não querem comprar agora, o fechamento não acontece porque eles ainda não possuem ideia de como resolver o problema que estão enfrentando, não fazem a conexão do problema com o produto ou serviço que você está oferecendo.

Com isso, possuem apenas um sintoma e estão em busca de uma possível solução, por isso, não adianta oferecer algo para uma pessoa que não enxerga, ainda, a solução através do seu produto ou serviço. Por isso, é preciso primeiro apresentar possíveis caminhos de solução.

Quando sua empresa anuncia apenas seu produto ou serviço, você está excluindo 90% do seu potencial mercado, impactando apenas 3% que tem interesse e 7% que estão dispostos a te ouvir. Neste contexto, a oferta atinge o público mais escasso e concorrido de todos, elevando os custos de marketing.

Quando pensamos em performance, temos que investir em outros formatos de campanha além da conversão, senão estará anunciando e engajando apenas com os 3% do seu potencial mercado.

O ideal é que você trabalhe todo o seu mercado, incluindo os 90% que não tem interesse em comprar agora. Mas, você deve estar se perguntando como fazer para atingir os 100% da pirâmide e manter os custos de marketing mais estáveis, certo?

Tudo é uma questão de como você vai estruturar suas campanhas e o ideal aqui é você trabalhar no conceito de funil, com campanhas de topo, meio e fundo de funil. As plataformas da meta e Google ads possuem configurações e objetivos de campanha que podem ser utilizadas em cada etapa do funil. Quer conhecer mais de cada uma delas? Veja abaixo!

Funil de vendas na prática

Topo de funil

Nas campanhas de topo de funil, o ideal é compartilhar conteúdos que explorem os problemas que seus produtos e serviços resolvem ao invés de apresentar uma oferta de compra ou contratação. É nesta etapa que você deve conectar com os 90% da pirâmide de Chet Holmes, entregando assim, conteúdo de valor.

Na meta, você pode utilizar os objetivos de campanha de tráfego e visualização de vídeo, por exemplo. No Google Ads, é possível criar campanhas de vídeo no youtube e campanhas da rede de display, ambas com foco em palavras-chave, principalmente as palavras-chave de topo de funil.

Palavras que utilizam “o que é” somadas a sua entrega fazem todo sentido neste momento. Lembre-se, não existe ainda uma conexão do problema com a solução, por isso, não adianta ofertar o produto ou serviço.

Anúncios com foco em visualizações de vídeo ou cliques, possuem um custo infinitamente menor que anúncios com foco em conversões, tanto de CPC quanto de CPM. Com isso, por um mesmo valor, alcançará um público maior. E, quando você expande o alcance, a chance de encontrar pessoas dentro dos 90% da pirâmide com o problema que você resolve é maior! Funciona mesmo como uma peneira, onde você lança ela e consegue separar as pessoas que te interessam em públicos.

O recurso de públicos, tanto na plataforma da meta quanto no Google, é uma maneira de armazenar pessoas que interagiram com seus anúncios.

Quando você anuncia vídeos na meta, é possível criar públicos com as pessoas que assistiram mais de 25%, 50%, 75% e 100% do vídeo. Quanto maior o tempo de visualização do vídeo, melhor pode ser a qualificação do público.

Para campanhas com o objetivo de tráfego, você pode criar, tanto na meta quanto no google, públicos para pessoas que acessaram as páginas anunciadas e que permaneceram 1 minuto na página ou que rolaram 75% da página. Se as páginas de destino anunciadas apresentam um conteúdo, nada melhor do que mapearmos as pessoas que permaneceram ou rolaram a página ou visitaram mais de uma página no seu site. Isso porque, é um forte indicador de que elas leram e engajaram com o conteúdo!

Também poderíamos criar um público para as pessoas que curtiram, comentaram e compartilharam o anúncio. Inclusive, engajamento é um objetivo da campanha na Meta. Anúncios com bastante comentários, curtidas e compartilhamentos podem trazer à tona o gatilho mental da prova social.

Vamos supor que você sair para jantar e quer conhecer um lugar novo, sem indicações e referências de terceiros. O que te passa mais credibilidade? Um restaurante que tem bastante gente ou um que está vazio? Provavelmente você vai escolher o que está mais cheio, pois é a única referência que você tem! É aí que entra a prova social em anúncios, através do engajamento com ele.

Esses são alguns exemplos do que pode ser feito para criação de novos públicos. As possibilidades são enormes e devem ser estruturadas de acordo com a sua estratégia. É muito importante, antes de criar campanhas, planejar quais públicos você quer armazenar.

Além de fomentar novos públicos, ao distribuir o conteúdo com anúncios de topo, você acaba construindo autoridade e branding para sua empresa. Tudo isso porque você está compartilhando informações valiosas para as pessoas, ajudando elas a encontrarem caminhos para solução de seus problemas. É muito importante criar conteúdos de qualidade, que retenham as pessoas e que gerem engajamento, afinal, se a gente não reter e engajar as pessoas, nossos públicos não serão preenchidos, colocando toda a estratégia em risco.

Você precisa criar mecanismos que ajudem as pessoas a avançar no funil. Diferente disso, você vai continuar se degradando com a concorrência pelos 3% que estão dispostos a comprar agora.

Para concluirmos essa fase, os principais tópicos são:

  • Entenda qual é a dor do púnico, pois, a partir disso, poderá criar conteúdos e anúncios que explorem soluções para essas dores;
  • Planeje os públicos que deseja armazenar. Como essa primeira etapa do funil você trabalha alcance ou visualizações de vídeo ou cliques, é importante planejar quais interações com seus anúncios você quer armazenar para utilizar esses novos públicos nas outras etapas do funil;
  • Faça o uso de anúncios em vídeo e formato carrossel. São opções que você explora melhor o engajamento.

Meio de funil

Enquanto no topo do funil, criamos anúncios com conteúdos mais amplos, onde exploramos a dor, no meio do funil, devemos mostrar formas de como solucionar o problema com o público que você armazenou e interagiu no primeiro estágio.

Veja, o potencial cliente teve uma percepção no topo de que existem caminhos para resolver o problema, agora é hora de mostrar como aprofundar na solução.

É o momento de detalhar os conteúdos do topo, dando mais detalhes sobre como resolver o problema, ou seja, trazendo uma explicação mais específica, com informações relevantes que realmente ajudem as pessoas a avançarem com a solução.

Nesse aspecto, você deve estar pensando: “ se eu contar como eu resolvo o problema, ninguém mais vai me contratar ou comprar meus produtos”. É aí que você se engana! Por mais que você explique, nem sempre as coisas são simples de serem resolvidas, ainda mais que cada caso é um caso! Não existe uma fórmula mágica e linear para a solução, em todos os casos, é preciso adaptar para a realidade da empresa, público e problema. A experiência neste ponto faz toda a diferença, sabendo quais parafusos apertar e o momento certo para apertar que só quem conhece sabe como fazer.

O importante neste estágio é você fornecer informações que façam o potencial cliente entender o caminho e até tentar resolver. Quando o prospect tentar e se frustrar, como você já vem ajudando, você se torna uma referência.

Logo após isso, no momento que ele estiver caminhando para o fundo do funil, você pode ajudar o prospect a escolher o produto ou contratar o serviço. Neste momento, é importante focar em anúncios e conteúdos que apresentem quais pontos ele deve levar em consideração ao fazer a escolha da empresa prestadora da solução.

Neste estágio, você pode explorar vários tipos de conteúdo, como: cases de sucesso, comparação de produtos ou serviços, como escolher um prestador de serviço, inbox de produtos, dentre outros!

Depois disso, quer saber como estruturar campanhas no meio do funil de marketing? Pois bem, os públicos armazenados no topo são quentes! Dentro da Meta, é possível fazer a geração de públicos semelhantes a partir desses públicos, que chamamos de lookalike. O público lookalike nada mais é do que o algoritmo da Meta ou do Google expandindo o público com pessoas parecidas a partir de um match do perfil comum do público. Neste momento, a meta encontra as características demográficas e de comportamento que são comuns às pessoas do público armazenado e, logo após, procura na rede todas as pessoas parecidas criando um novo público.

Um caminho é utilizar além dos públicos armazenados, públicos gerados a partir do lookalike, inclusive, você pode também gerar públicos lookalike para as campanhas de topo de funil utilizando a sua base de leads qualificados.

Dependendo da verba que você utilizar nas campanhas de topo, os públicos gerados não terão um volume representativo para os novos públicos que serão utilizados no fundo do funil.

Uma maneira de engajar o público é trazer conteúdos mais densos, através de um ebook ou um vídeo. Recomendo aqui, você trabalhar campanhas com foco em cadastro, assim, você já vai gerando leads que podem ser trabalhados a partir da nutrição por email.

Os vídeos, por exemplo, você pode criar um teaser, convidando as pessoas a assistirem um outro vídeo e para conseguirem visualizar, precisam se cadastrar em uma LP.

Os leads gerados no meio, poderão ser utilizados na criação de novos públicos de lookalike para o fundo do funil. Neste caso, você baixa a lista de emails e sobe na meta ou no google para que ele encontre essas pessoas por lá. Os conteúdos distribuídos devem ser mais densos e mais completos, com a real intenção de mostrar o caminho para solução ou para escolha do produto ou profissional que prestará o serviço.

Saiba que quanto melhor o conteúdo, melhor será o engajamento e a autoridade que você vai gerar para o seu negócio. Lembre-se: quanto maior a percepção de valor pelo prospect, mais fácil será a conversão no fundo do funil.

Para finalizarmos esse bloco, um resumo dos pontos mais importantes:

  • Aprofunde a dor com possíveis soluções em seus anúncios de meio de funil. Para isso, entregue um material mais denso e que tenha como premissa ajudar a pessoa a resolver o problema;
  • Utilize os públicos armazenados no topo juntamente com os públicos semelhantes;
  • Usar anúncios em vídeo e materiais para download são uma boa pedida. Além de gerar leads, você também terá a possibilidade de gerar lookalike dos leads para utilizar no fundo de funil.

Fundo de funil

Chegamos ao fundo do funil. O lugar mais disputado de todos! Onde todo mundo anuncia e quer o maior volume de leads ao menor custo possível. Se você está anunciando apenas aqui, já sabe onde vai chegar né?

É muito importante você ter campanhas de fundo que trabalhem apenas os públicos de fundo, através de segmentações demográficas e de comportamento, mas também é preciso criar alguma estratégia de campanha que contemple os outros estágios do funil.

As campanhas de topo e meio trazem resultados no médio e longo prazo, é preciso ter paciência, analisar os dados e otimizar as campanhas para que as pessoas cheguem no fundo do funil com o menor custo possível. Criar uma estratégia de topo e meio de funil sem análise e otimização vai piorar ainda mais os seus resultados, pois você vai alocar uma parte da sua verba em campanhas que não tem foco em geração de leads e, se não otimizar, vai desperdiçar recursos. Nesse sentido, faça tudo com critério, cuidado e acompanhe de perto, pois a chance de dar errado diminuirá.

No fundo do funil o melhor formato é focar as campanhas em “cadastros” para geração de leads ou “venda” para comercialização de produtos. Pensa comigo: depois de impactar as pessoas no topo, trabalhando o alcance, fazendo com que o Google e a Meta entreguem seus anúncios para o maior número de pessoas possíveis dentro dos públicos definidos, e no meio do funil, onde você faz um aprofundamento do conteúdo e solução ofertada para um público que engajou e interagiu com os anúncios do topo, o que você acha que vai acontecer no fundo? Qual público você acha que está mais qualificado para se tornar um lead ou realizar uma compra? O público de uma segmentação de fundo que nunca viu nada sobre a sua empresa ou um público que interagiu e engajou com seus anúncios de topo e meio? A resposta parece óbvia, não acha?

No fundo do funil, é hora de apresentar seu produto ou serviço, sem rodeios! Além das segmentações baseadas em características demográficas e de comportamento do público de interesse, aquele público que você sabe que tem as características do seu cliente ideal e que toda a concorrência utiliza, você também deve explorar. Tudo isso para que esses públicos sejam retroalimentados ao longo de suas campanhas, excluindo a possibilidade do esgotamento. Desta forma, diariamente, você terá uma renovação em seus públicos porque todo dia alguém interage com seus anúncios de meio e topo e, a meta ou o google, incluem essas pessoas em seus públicos e alimentam os públicos semelhantes.

Antes de trazer um exemplo de uma estratégia de campanha com topo, meio e fundo, vamos aos principais pontos para as campanhas de fundo de funil. Confira!

  • Utilize também as segmentações demográficas e de interesse em suas campanhas, aquelas segmentações que seu mercado disputa com você. Não faz sentido não estar lá;
  • Utilize os públicos e lookalike das campanhas de topo e meio. Aqui você pode ser mais criterioso, por exemplo, utilize o público que assistiu 100% do anúncio de vídeo mais os seus semelhantes;
  • Antes de implementar qualquer campanha, planeje suas campanhas de topo, meio e fundo de funil, criando a conexão entre conteúdos, anúncios e públicos que serão gerados. Você precisa criar um fluxo que retroalimenta o final, excluindo a possibilidade de esgotar o público.
  • Funil de vendas na prática

Conclusão

Para sintetizar o conteúdo, vamos pensar que você é dono de uma ótica, quando você anuncia no fundo do funil, você oferece lentes e armações de óculos, certo? Nesta situação, suas campanhas focam em conversões como objetivo de campanha para segmentação de públicos que estão ativamente pesquisando e interagindo com conteúdos sobre o assunto. Isso é o que todo mundo faz e é isso que deixa o público mais concorrido e mais caro no leilão, tanto no google quanto na meta.

Mas o que fazer no topo e meio de funil? Como encontrar pessoas que possam ter interesse em meus produtos ou serviços que não estão ativamente pesquisando por palavras-chave e consumindo conteúdos relacionados a óculos, lentes e óticas?

Nem todo mundo sabe ainda que precisa de um óculos, talvez a busca no momento é por uma dor de cabeça constante. Qual termo você acha que essa pessoa vai buscar? Com certeza não vai ser por uma ótica, nem por uma armação de óculos ou lentes. Ela provavelmente vai buscar por “sintomas de dor de cabeça frequente”, entre outros termos relacionados.

Não adianta oferecer a ótica neste momento, o que você precisa fazer é oferecer um conteúdo que aponte os possíveis hábitos que levam a dor de cabeça frequente, como uso excessivo de celular!

No topo você precisa se conectar e alcançar o maior número de pessoas possível, lembra? Quando você foca em alcance na meta ou impressões no google display, ambas as plataformas vão entregar seu anúncio para o maior número de pessoas já que esse é o objetivo da campanha. No google, podemos anunciar na rede de display ou no youtube a partir de palavras-chave relacionadas a dor de cabeça. Na Meta, poderemos fazer segmentações por interesses relacionados ao assunto em questão. Além disso, podemos exportar uma base de dados de clientes, aqui você pode fazer um cruzamento de dados em uma planilha excel para entender melhor o perfil (faixa etária, gênero, estado civil, profissão etc).

Toda informação que tivermos sobre nossos clientes, com certeza vão nos ajudar a criar essa primeira segmentação de anúncios. Nas duas plataformas conseguimos utilizar vários dados como filtro de segmentação. Por isso, é importante termos um histórico de nossos clientes em um CRM, lógico, sempre respeitando a Lei geral de proteção de dados.

Com esse primeiro planejamento, criamos as campanhas em ambas plataformas, focando em alcance e visualização de vídeos. Em paralelo, criamos nas plataformas novos públicos com todas as pessoas que assistiram pelo menos 75% do anúncio de vídeo, que acessaram o conteúdo em texto do blog e que permaneceram pelo menos uns 45 segundos e, por último, também jogamos em um público as pessoas que curtiram, comentaram e compartilharam o conteúdo. Nos anúncios de topo, você pode falar de forma rasa os principais motivos que levam a dor de cabeça frequente, que no caso são: uso frequente de celular, problemas de visão, alimentação, etc.

Se for um anúncio gráfico, você pode trazer em formato carrossel os principais sintomas da dor de cabeça ou, uma outra possibilidade é ter uma página com um conteúdo que explique os sintomas.

O uso constante de celular ou computador, é um problema que uma ótica pode ajudar, certo? Já o problema de alimentação. De qualquer forma, esses problemas fazem parte da peneira do topo e é muito importante trazermos no conteúdo para já qualificar as pessoas e armazenar para os públicos que serão utilizados no meio do funil.

No meio do funil, o ideal é publicarmos anúncios com conteúdos que aprofundem os problemas relacionados à visão e uso excessivo de celular. No topo, mostraremos as principais causas, incluindo as causas que não atendemos com foco em alcance e engajamento.

No meio do funil, já podemos focar em conversões, apresentando anúncios de conteúdo onde detalhamos apenas os problemas que resolvemos para os públicos armazenados nas campanhas de topo juntamente com um lookalike deles. Nesta etapa, não adianta aprofundar o conteúdo sobre a dor de cabeça relacionado a alimentação, esse é um problema que um nutricionista ou médico resolvem.

No nosso caso, sendo empreendedor proprietário de uma ótica, podemos explicar como diminuir a dor de cabeça com o uso de um óculos que retém a luminosidade do aparelho ou falar sobre alguns ajustes nas configurações do celular ou sobre películas de proteção de tela de computador, além de também trazermos as consequências ao longo do tempo se não for adotado nenhuma das soluções apresentadas, isso ajudar a gerar valor! Tudo isso em um material mais denso como um ebook ou um conteúdo de blog, em ambos os casos, com detalhes e rico em informações.

Ainda no meio, já podemos comparar produtos, como tipos de lentes, quais são os pontos fortes e fracos de cada uma delas, buscando trazer ao potencial cliente, o custo benefício de cada uma das soluções e de alguma forma, ajudar eles a decidir qual caminho seguir.

Após entregarmos os conteúdos fazendo o prospect percorrer a jornada toda, com as campanhas configuradas com os objetivos corretos para cada etapa do funil e gerando os públicos de engajamento que configuramos em cada etapa, chegou a hora de apresentarmos a ótica e os produtos (lentes e armações). Agora trazemos anúncios com as soluções, utilizando os públicos gerados no topo (engajamento) e meio (engajamento e conversões) + o público semelhante de clientes. Inclusive, podemos utilizar aqui o público semelhante (lookalike) dos clientes.

Desta forma, estaremos sempre criando e aumentando nossos públicos, sem correr o risco do esgotamento.

Ficou claro o conteúdo? Para ter acesso a mais conteúdos como esse, entre em nosso blog agora mesmo!

 















    André Cintra
    André Cintra
    André Cintra

    Consultor, professor e palestrante com experiência em marketing digital e vendas. É CEO da Post Digital, agência de marketing digital fundada em 2010. Coordenou mais de 300 projetos personalizados para clientes nas áreas da saúde, educação, tecnologia, varejo e indústria. Ganhou o prêmio de Espada Ninja na Vitrine(Gold) no maior evento de marketing digital da América Latina, em 2019